domingo, 8 de junho de 2008

~ Deficiente VisuaL

~





" Eu, que sou cega, posso dar uma sugestão àqueles que vêem: usem os olhos como se amanhã fossem perder a visão. E o mesmo se aplica aos outros sentidos.Ouçam a música das vozes, o canto dos pássaros, os possantes acordes de uma orquestra, como se amanhã fossem ficar surdos. Toquem cada objecto como se amanhã perdessem o tacto. Sintam o perfume das flores, saboreiem cada bocado, como se amanhã não mais sentissem aromas nem gostos. Usem ao máximo todos os sentidos; gozem de todas as facetas do prazer e da beleza que o mundo vos revela pelos vários meios de contacto fornecidos pela natureza. Mas, de todos os sentidos, estou certa de que a visão deve ser o mais delicioso ".

Hellen Keller

A visão permite-nos unificar de forma rápida e continua a informação recebida pelos outros sentidos. Os olhos vêem as imagens que irão ser processadas no cérebro.

Deficiência Visual

' As pessoas com dificuldades visuais são classificadas em dois grupos principais: cegos e com visão parcial ou reduzida. A delimitação do grupo de deficientes visuais, cegos e portadores de subvisão, dá-se por duas escalas oftalmológicas: acuidade visual, aquilo que se vê a determinada distância e campo visual, a amplitude da área alcançada pela visão.

' Em 1966 a Organização Mundial de Saúde (OMS) registrou 66 diferentes definições de cegueira. Para simplificar o assunto, um grupo de estudos sobre a Prevenção da Cegueira da OMS, em 1972, propôs normas para a definição de cegueira e para uniformizar as anotações dos valores de acuidade visual.

' Foi introduzido, ao lado de 'cegueira', o termo 'subvisão' ('low vision', em língua inglesa).O termo cegueira não é absoluto, pois reúne indivíduos com vários graus de visão residual. Ela não significa, necessariamente, total incapacidade para ver, mas sim, prejuízo dessa aptidão a níveis incapacitantes para o exercício de tarefas rotineiras.

' Falamos em cegueira parcial (também dita LEGAL ou PROFISSIONAL). Nessa categoria estão os indivíduos apenas capazes de CONTAR DEDOS a curta distância e os que só PERCEBEM VULTOS. Mais próximos da cegueira total, estão os indivíduos que só têm PERCEPÇÃO e PROJECÇÃO LUMINOSAS. No primeiro caso, há apenas a distinção entre claro e escuro; no segundo (projecção) o indivíduo é capaz de identificar também a direcção de onde provém a luz.

' A cegueira total ou simplesmente AMAUROSE, pressupõe completa perda de visão. A visão é nula, isto é, nem a percepção luminosa está presente. No jargão oftalmológico, usa-se a expressão 'visão zero'.

' Uma pessoa é considerada cega se corresponde a um dos critérios seguintes: a visão corrigida do melhor dos seus olhos é de 20/200 ou menos, isto é, se ela pode ver a 20 pés (6 metros) o que uma pessoa de visão normal pode ver a 200 pés (60 metros), ou se o diâmetro mais largo do seu campo visual subentende um arco não maior de 20 graus, ainda que sua acuidade visual nesse estreito campo possa ser superior a 20/200. Esse campo visual restrito é muitas vezes chamado "visão em túnel" ou "em ponta de alfinete", e a essas definições chamam alguns "cegueira legal" ou "cegueira econômica".

' Nesse contexto, caracteriza-se como portador de subvisão aquele que possui acuidade visual de 6/60 e 18/60 (escala métrica) e/ou um campo visual entre 20 e 50º.

' Pedagogicamente, delimita-se como cego aquele que, mesmo possuindo subvisão, necessita de aprender Braille (sistema de escrita por pontos em relevo) e como portador de subvisão aquele que lê tipos impressos ampliados ou com o auxílio de potentes recursos ópticos. Estas pessoas requerem educação por meio de métodos que não impliquem o uso da visão.
'
Causas

As Principais causas da deficiência visual são: perda da visão decorrente de ferimentos, traumatismos, perfurações e vazamentos nos olhos. Durante a gestação, doenças como rubéola, toxoplasmose e sífilis podem causar a deficiência na criança. Infecções em recém-nascidos também podem causar déficits visuais.
Outras doenças que ocorrem, na maioria das vezes, em adultos, se não forem devidamente tratadas, podem gerar deficiência visual. Entre as principais estão: glaucoma , diabetes, toxoplasmose, descolamento de retina, catarata congênita, retinopatia da prematuridade, baixa oxigenação do cérebro (hipóxia) entre outras.
Médicos especialistas em visão subnormal estimam que os casos de deficiência visual poderiam ser reduzidos em até 30%, caso sejam adotadas todas as medidas preventivas e eficientes nas áreas de educação e saúde.
'
Geralmente criamos ideias preconcebidas em relação a tudo o que é diferente de nós. Vamos analisar alguns mitos que prevalecem em relação às pessoas cegas.
Mitos ~

- Perder a visão de um olho é o mesmo que perder 50% da visão.
- Os óculos ajudam sempre a corrigir a visão.
- As crianças com visão limitada têm uma percepção mais apurada dos obstáculos.
- As crianças com limitações visuais são dotadas de poderes extra sensoriais, ou são compensadas com talentos especiais para a música, possuem audição, tacto e paladar super- sensíveis.
- A visão residual é danificada pelo uso. Ler na cama com luz fraca ou vêr televisão, são coisas que arruinam os olhos.

~ Realidades

- Embora haja perda de visão do lado afectado e perda de percepção da profundidade, a visão não fica reduzida a metade.
- Há problemas de visão que podem ser corrigidos por lentes, outros não podem , e alguns, apesar de corrigidos, mantêm a visão limitada.
- A audição e o uso de auxiliares ópticos são tidos como necessários para explicar a percepção dos obstáculos.
- As crianças com limitações visuais não têm poderes extra-sensoriais e em lugar de disporem de compensação natural, são mais sujeitas a ter limitações adicionais. Algumas apresentam talentos especiais ou sentidos mais aguçados, que resultam do aumento da atenção em relação aos outros sentidos, da prática diligente ou das oportunidades de aprender.
- A visão residual é perdida ou atrofiada pelo desuso. Aprendemos a ver e quanto mais olhamos mais vemos.

Lidar com um cego no dia-a-dia

' A primeira ideia a reter é que os cegos são pessoas vulgares. É incorrecto pensar que o cego é um super dotado ou pelo contrário um atrasado mental. Assim sendo trate-o como trataria qualquer cidadão comum.

' Fale-lhe directamente e não por interposta pessoa; empregue um tom de voz natural e não pense que ele tem algum grau de surdez. Não substitua as palavras "veja", "olhe" por expressões como "oiça, "apalpe", "verifique".

'
Não se coiba de usar as palavras cego e cegueira.

' Dê-se a conhecer quando se dirige a uma pessoa cega. Se não souber o seu nome ou por qualquer circunstância não se recordar no momento, toque no seu braço, levemente, para que assim saiba que a conversa é com ele.

' Depois de ter conversado com um cego, deve informá-lo de que se vai retirar, pois é desagradável para um cego continuar a falar para uma pessoa que já não se encontra perto dele.

Expressões a evitar

' Expressões de piedade, pois os cegos tal como as outras pessoas ressentem-se disso.

' Considerações sentimentais acerca da cegueira ou referências a ela como um tormento; não só irrita os que já se adaptaram à sua deficiência como deprime e aflige aqueles que estão a caminho dela.

' Expressões de espanto quando algum cego executar uma das muitas tarefas usuais do dia-a-dia.
Conduzir um cego

' Quando conduzir uma pessoa cega não a empurre para a frente. Convém perguntar ao cego se quer ser ajudado e como.

' A maioria prefere agarrar o braço do guia, na zona do cotovelo. Nesse caso dê o seu braço dobrado ( o direito) e coloque-se à frente da pessoa cega.

' Ao chegar junto a degraus, faça uma pausa e informe o cego se eles se encaminham em sentido ascendente ou descendente; nunca se deve dizer quantos degraus vai subir ou descer porque um erro de cálculo pode originar acidentes graves.

' Tenha muito cuidado para não se enganar quando ensina o caminho a um cego, de modo a evitar acidentes e até graves percalços. Deve utilizar as seguintes noções espaciais: esquerda e direita, em frente, para trás, meia volta e um quarto de volta.

' Os termos "aqui","ali", "acolá" nada dizem a uma pessoa cega. Quando vir um cego parado junto à borda de um passeio pergunte: "precisa de ajuda?" Se o ajudar a atravessar a rua, tente seguir a direito para não o desorientar. Não se deve gritar de longe para um cego com a intenção de o alertar para qualquer obstáculo.Tal hipótese só é admissível caso o obstáculo não seja detectável com a bengala.

Colaboração nas refeições

' Devemos incentivar o aluno cego a servir-se autonomamente na cantina escolar: retirar o tabuleiro, os talheres, a fruta, o prato com a comida e a sopa.

' À refeição deve-se deixar o cego cortar os alimentos, dispondo-os no prato, de maneira a que a carne e o peixe fiquem na parte central em baixo e o acompanhamento na parte de cima.

' Quando lhe servirmos líquidos (vinho, chá, café ou água), não convém encher os copos, porque é difícil para o cego equilibrá-los.

' O ideal é deixar o aluno servir-se autonomamente, colocando o jarro de água ao alcance da mão.

' O aluno deve passar à frente nas filas, pois demora mais a comer e a deslocar-se para as aulas e/ou sua casa.

' Na deslocação, basta indicar-lhe o caminho a seguir dentro da sala e/ou cantina. Por fim devemos ter o cuidado de desimpedir os caminhos entre as mesas e não deixar mochilas, cadeiras ou outros objectos nesses trajectos.

O Ensino do Braille

' A criança cega deve iniciar a aprendizagem do Braille logo que entre para a escola, para que se não sinta diminuída em relação aos companheiros normovisuais.

' Numa escola especializada ela tem um acompanhamento intensivo ao nível do Braille, da autonomia e orientação e pode trocar impressões com as suas congéneres, mas o ensino integrado é de grande importância para o deficiente visual. É evidente que o ensino do Braille requer uma pedagogia específica, mas os fins a atingir são iguais aos da aprendizagem vulgar da escrita e da leitura. O ensino deve ser bem orientado, já que se reveste de grande importância em todas as áreas e ao longo do percurso escolar; os alunos devem ter um técnico que domine o sistema e possua competência pedagógica para os acompanhar, atendendo a que, à medida que progridem nos estudos, novos sinais de toda a ordem vão aparecendo. Se houver uma leitura persistente do Braille evitam-se os reflexos negativos na escrita, sobretudo no que diz respeito à qualidade do Braille e à ortografia. Actualmente existe uma tendência para a pouca utilização do Braille e menos esmero na qualidade. Há quem defenda que a situação se deve ao aparecimento dos livros sonoros e de toda a tecnologia ligada à informática. No entanto, as novas tecnologias não anulam o Braille, até porque ele facilita o manuseamento das mesmas.

' Do que foi explanado podemos retirar as seguintes ilações:
- As crianças cegas devem ingressar nas escolas na idade própria e ser-lhes ministrado o Sistema Braille.

- O acompanhamento dos alunos deve ser mais intenso nos primeiros anos de escolaridade, alicerçando os anos vindouros.

- O Braille deve ser ensinado por técnicos competentes, que o dominem em todas as suas vertentes.

- O professor de apoio deve sensibilizar os alunos para que tirem o melhor partido dos equipamentos específicos disponíveis.

- A informática, os livros sonoros e demais tecnologias específicas são extraordinários recursos para o desenvolvimento cultural dos deficientes visuais, devendoestes ter sempre presente o Sistema Braille, como instrumento insubstituível na sua educação.

O professor

' No caso dos alunos cegos, cujo estilo cognitivo assenta em três sentidos específicos (audição, tacto e sentido quinestésico), geralmente mais desenvolvidos, é necessário seleccionar estratégias de ensino que privilegiem esses canais de comunicação. Relativamente ao ensino de crianças cegas com boas capacidades cognitivas e com um bom grau de estimulação, o seu sucesso depende muito do empenho do professor em criar situações de aprendizagem adequadas ao seu estilo cognitivo.

' Nesse sentido um bom professor deverá atender aos seguintes factores:
apresentar disponibilidade afectiva, para aceitar as diferenças decorrentes da cegueira;
ser sensível ao estilo cognitivo de aprendizagem do aluno cego e utilizar terminologia ligada a conceitos espaciais concretos (ex:à direita, esquerda, em frente, atrás, horizontal, vertical, etc.); recorrer a materiais manuseáveis, para ajudar o aluno na formação de conceitos; fornecer uma descrição verbal das imagens utilizadas na sala quando necessário, utilizar outro aluno ou ser ele próprio o suporte visual do aluno cego; Utilizar auxiliares educativos adaptados (educational aids); Conhecer onde e como obter materiais adequados para utilizar no ensino; articular a sua acção educativa com o professor de apoio, para o estudo das adaptações a efectuar;


Orientação e mobilidade

' Para promover a sua autonomia, é fundamental que a criança (ou o jovem) se movimente com segurança. Nesse sentido o professor de apoio (ou o director de turma) deve ajudá-lo a conhecer a escola: os pavilhões, as salas de aula, os sanitários, a secretaria, a sala de professores, o refeitório, o bar dos alunos, a papelaria, e todos os espaços que impliquem directamente na sua mobilidade.

' O aluno terá de percorrer todo o estabelecimento de ensino, dando o braço ao guia ( o professor), que durante o trajecto, lhe referirá todos os objectos que se encontram no caminho. Este percurso deve ser feito antes das aulas começarem e fora dos intervalos, para evitar atropelos e barulhos e apelar a uma maior atenção do aluno.

' Depois de fazer o trajecto várias vezes acompanhado, deve ser estimulado a fazê-lo sozinho.

' Deve conhecer as saídas de emergência e os trajectos mais curtos para as alcançar, de forma a estar prevenido em caso de incêndio. Um ou mais colegas devem ser responsabilizados pela segurança do colega nas situações de perigo.

Organização da sala de aula

' É importante uma boa planificação e organização da sala de aula, evitando o excesso de materiais e móveis. Os equipamentos e recipientes devem ter uma localização ordenada e devem ser etiquetados em função dos conteúdos.

' Quando há modificação da organização da sala de aula, é importante que o aluno conheça imediatamente as novas localizações.

' Deve haver o cuidado de fechar portas, gavetas e armários, bem como não deixar mochilas ou outros obstáculos nos corredores, entre as carteiras e mesas, para evitar que o aluno cego se magoe esbarrando neles.

' O aluno tem necessidade de ser auto-suficiente e para isso deve circular livremente na sala de aula, para buscar e arrumar o material de que precisa.


' O Braille é um dos códigos de apoio da língua, e a sua importância está no facto de habilitar o ser humano a compreender o mundo através de um sistema organizado de símbolos, substituindo o alfabeto convencional por um alfabeto de pontos em relevo, o que possibilita ao deficiente visual a escrita e a leitura.

' O Sistema Braille é um sistema de leitura e escrita táctil, utilizado universalmente na leitura e na escrita por pessoas cegas, reconhecendo-se o ano de 1825 como o marco dessa importante conquista para a educação e integração dos deficientes visuais na sociedade.

' O Braille é composto por 6 pontos, que são agrupados em duas filas verticais com três pontos em cada fila (celula Braille). Os seis pontos formam o que se convencionou chamar de "celula Braille". Para facilitar a sua identificação, os pontos são numerados em duas colunas: do alto para baixo, coluna da esquerda: pontos 1-2-3;do alto para baixo, coluna da direita: pontos 4-5-6.

' A combinação desses pontos forma 63 caracteres que simbolizam as letras do alfabeto convencional e as suas variações como os acentos, a pontuação, os números, os símbolos matemáticos e químicos e até as notas musicais. Para os cegos poderem ler números ou partituras musicais, por exemplo, basta que se acrescente antes do sinal de 6 pontos um sinal de número ou de música.

' As dez primeiras letras do alfabeto são formadas pelas diversas combinações possíveis dos quatro pontos superiores (1-2-4-5); as dez letras seguintes são as combinações das dez primeiras letras, acrescidas do ponto 3, e formam a 2ª linha de sinais. A terceira linha é formada pelo acréscimo dos pontos 3 e 6 às combinações da 1ª linha.

' Os símbolos da 1ª linha são as dez primeiras letras do alfabeto romano (a-j). Esses mesmos sinais, na mesma ordem, assumem características de valores numéricos 1-0, quando precedidas do sinal do número, formado pelos pontos 3-4-5-6.

' Vinte e seis sinais são utilizados para o alfabeto, dez para os sinais de pontuação de uso internacional, correspondendo aos 10 sinais de 1ª linha, localizados na parte inferior da celula braille: pontos 2-3-5-6. Os vinte e seis sinais restantes são destinados às necessidades especiais de cada língua (letras acentuadas, por exemplo) e para abreviaturas.

' O Sistema Braille é aplicado por extenso, isto é, escrevendo-se a palavra, letra por letra, ou de forma abreviada, adoptando-se códigos especiais de abreviaturas para cada língua ou grupo linguístico. O Braille por extenso é denominado grau 1. O grau 2 é a forma abreviada, aplicada para representar as conjunções, preposições, pronomes, prefixos, sufixos, grupos de letras que são comumente encontradas nas palavras de uso corrente. A principal razão de seu emprego é reduzir o volume dos livros em Braille e permitir o maior rendimento na leitura e na escrita. Uma série de abreviaturas mais complexas forma o grau 3, que necessita de um conhecimento profundo da língua, uma boa memória e uma sensibilidade táctil muito desenvolvida por parte do leitor cego. O tacto é também um factor decisivo na capacidade de utilização do Braille.

' O Sistema Braille é de extraordinária universalidade: pode exprimir as diferentes línguas e escritas da Europa, Ásia e da África. A sua principal vantagem, todavia, reside no facto das pessoas cegas poderem facilmente escrever por esse sistema. Excepto pela fadiga, a escrita Braille pode tornar-se tão automática para o cego como a escrita com lápis para a pessoa de visão normal.
' As Imprensas Braille produzem os seus livros utilizando máquinas estereótipadas, semelhantes às máquinas especiais de dactilografia, sendo porém eléctricas. Essas máquinas permitem a escrita do Braille em matrizes de metal. Essa escrita é feita dos dois lados da matriz, permitindo a impressão do Braille nas duas faces do papel. Esse é o Braille interponto: os pontos são dispostos de tal forma que impressos de um lado não coincidam com os pontos da outra face, permitindo uma leitura corrente, um aproveitamento melhor do papel, reduzindo o volume dos livros transcritos no sistema Braille. Novos recursos para a produção do Braille têm sido aplicados, de acordo com os avanços tecnológicos de nossa era. O Braille agora pode ser produzido pela automatização através de recursos modernos dos computadores.

Direitos

~ Passou a ser assegurado, nos termos da Lei 11.126/2005, à pessoa portadora de deficiência visual usuária de cão-guia o direito de ingressar e permanecer com o animal nos veículos e nos estabelecimentos públicos e privados de uso coletivo. A deficiência visual referida restringe-se à cegueira e à baixa visão. O disposto, neste diploma, aplica-se a todas as modalidades de transporte interestadual e internacional com origem no território brasileiro. Mais: constitui ato de discriminação, a ser apenado com interdição e multa, qualquer tentativa voltada a impedir ou dificultar o gozo do direito previsto na Lei 11.126 de 2005. Serão, ainda, objeto de regulamento os requisitos mínimos para identificação do cão-guia, a forma de comprovação de treinamento do usuário, o valor da multa e o tempo de interdição impostos à empresa de transporte ou ao estabelecimento público ou privado responsável pela discriminação.



Nenhum comentário: